Informação sobre doença de Alzheimer, causas, sintomas e tratamento de Alzheimer, identificando o seu diagnóstico, assim como da demência associada, com dicas que possam contribuir para melhorar a qualidade de vida de doentes e familiares.


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domingo, 15 de julho de 2012

Fatores de Impacto nos familiares que cuidam de portadores da doença de Alzheimer

O primeiro fator a ser considerado é o posicionamento da família diante da doença. Assim como a doença passa por vários estágios, a família passa por diferentes etapas. A princípio, a família não sabe o que está acontecendo diante das manifestações de déficit do paciente, gerando sentimentos de hostilidade e irritação. Do outro lado, o paciente pode perceber as próprias deficiências, correndo o risco de deprimir-se. À medida que a doença vai evoluindo, ocorre a busca por um diagnóstico, porém, nem sempre os familiares o aceitam rapidamente, podendo negá-lo, na tentativa de recuperar a “pessoa de antes”.
Após a aceitação do diagnóstico, pode haver uma sensação de catástrofe. As famílias reagirão de maneiras diferentes, dependendo das próprias características (Goldfarb & Lopes, 1996). Podem ocorrer três posicionamentos indesejáveis entre os familiares: superproteção, evasão da realidade e expectativas exageradas com relação ao desempenho do paciente (Câmara et al.,1998). Os parentes que fazem evasão da realidade, ou seja, negam a doença, são geralmente os que mais sofrem; já os que assumem a função de cuidador tendem a monopolizar a função, colocando-se na posição de serem os únicos a fazer as coisas e abdicam de qualquer atividade que represente uma satisfação pessoal, acabando “heroicamente estressados” (Goldfarb & Lopes, 1996). Quando o paciente não reconhece mais seus familiares há um primeiro luto para a família, devido à “morte social do paciente”. O segundo luto ocorre com a morte biológica do ente querido (Goldfarb & Lopes, 1996).
Há situações nas quais a família não tem condições de cuidar do paciente e recorre à ajuda de uma pessoa, profissional ou não, que será remunerada para exercer o papel. Neste contexto entram em cena os cuidadores formais, sujeitos a passar por diversos conflitos com a família do paciente, podendo ser objeto de projeção de culpas e frustrações que não podem ser aceitas na família. Diante desta situação é recomendável que o cuidador formal seja discreto, passe por uma reciclagem de conhecimentos e possa conversar sobre as ansiedades das quais é portador (Goldfarb & Lopes, 1996).
Uma característica do paciente com doença de Alzheimer é a necessidade de supervisão crescente, originando fatores de estresse para o cuidador. Pearlin (1990),
citado por Engelhardt et al. (2005) sugere alguns estressores primários para os cuidadores, dividindo-os em subjetivos e objetivos. Os estressores objetivos vão se modificando ao longo da evolução da doença de Alzheimer e incluem nível de dependência em AVDs e presença de distúrbios do comportamento. Os estressores subjetivos correspondem ao modo pelo qual os estressores objetivos são experimentados pelo cuidador. Estes dois estressores podem levar a conflitos familiares, problemas econômicos e a uma sensação de aprisionamento no papel de cuidador.

sábado, 14 de julho de 2012

Fatores de risco para doença de Alzheimer

Dois fatores de risco conhecidos que aumentam o seu risco para doença de Alzheimer são:
  1. Idade avançadaCerca de 5 em 100 pessoas têm doença de Alzheimer aos 65 anos. Aos 80, essa proporção aumenta para 1 em cada 5. Aos 90, aproximadamente metade de todas as pessoas tem algum sintoma de demência. Embora a doença de Alzheimer afete tipicamente pessoas com mais de 65 anos, ela pode também afetar pessoas mais novas. Mulheres são mais propensas a desenvolver a doença que os homens – em parte, porque mulheres vivem mais.
  2. HereditariedadeApenas 3% de todos os casos de Alzheimer tem uma ligação hereditária comprovada. A hereditariedade desempenha um papel muito maior na doença de Alzheimer de início precoce (antes dos 65 anos). Quarenta por cento das pessoas que desenvolvem Alzheimer de início precoce tem uma história familiar da doença. Mas mesmo que você tenha membros familiares com Alzheimer, não é certo que você vá desenvolver a doença. Pesquisadores ligaram a forma mais comum de Alzheimer, de início tardio, à proteína apolipoproteína E. Todas as pessoas tipicamente herdam duas cópias deste gene. Se carregar uma variação particular desse gene, você tem risco aumentado para doença de Alzheimer. Mas não é certo que você irá desenvolvê-la.
Fatores de Risco Possíveis

Pesquisadores não provaram ainda uma ligação entre a doença de Alzheimer e os fatores abaixo, mas suspeitam que possam ter alguma influência como fator de risco para a doença:
  1. AmbientePesquisadores estão estudando uma série de fatores ambientais como possíveis causas e maneiras de prevenir a doença de Alzheimer. Por exemplo, o tecido cerebral de pessoas com Alzheimer freqüentemente mostra traços de alumínio ou zinco. Pesquisadores estão tentando determinar se esses ou outros tipos de metais são causa ou efeito da doença.
  2. Exercícios mentaisMédicos concordam que manter uma boa forma física e mental pode aumentar sua qualidade de vida. No entanto, nenhuma pesquisa provou que se manter mental ou fisicamente exercitado prevenirá ou mudará seu risco para doença de Alzheimer. Outros fatores de risco para os quais existem evidências conflitantes e necessidade de pesquisa adicionais incluem traumatismo craniano grave, certas infecções viróticas, história familiar de síndrome de Down, doença da tireóide e tabagismo.
  3. Exames de detecçãoNenhum exame simples pode predizer quem vai desenvolver doença de Alzheimer. Talvez algum dia surja um teste de detecção, mas provavelmente isso não ocorrerá em um futuro próximo. O objetivo das pesquisas em curso é entender os mecanismos básicos da doença, na esperança de identificar as pessoas em maior risco antes que elas desenvolvam quaisquer sintomas da doença de Alzheimer. Isso poderia levar ao desenvolvimento de tratamentos que possam retardar o início da doença.
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